"Todo o futuro da nossa espécie, todo o governo das sociedades,toda a prosperidade moral e material das
nações dependem da ciência,como
a vida do homem depende do ar.”
( Rui Barbosa)
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Imagem revela como o cérebro é
organizado
Registro mostra estrutura tridimensional, como uma grade curvada.
Descoberta desvenda conexão entre todas as partes do cérebro.
Esqueça aquela ideia de que "o lado direito do cérebro faz assim" e o "lado esquerdo do cérebro faz assado". Um estudo publicado pela revista “Science” mostra que o cérebro humano não tem "lados" nem é isolado na hora de realizar tarefas. Ele é todo interligado e não existem áreas específicas para funções específicas.
O mesmo padrão de organização foi observado no cérebro humano e também no de macacos. Segundo os pesquisadores, os sinais que correm pelo cérebro se ordenam em uma estrutura tridimensional, como uma "grade curvada". Em resumo, o cérebro não é um emaranhado de fios separados, mas uma rede interligada.
“A velha imagem do cérebro como um emaranhado com milhares de fios separados e desconectados não fazia sentido do ponto de vista evolutivo”, afirmou Van Wedeen, autor do estudo, em material de divulgação do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, onde ele trabalha.
“Como a seleção natural levaria cada um destes fios a configurações mais eficientes e vantajosas? A grande simplicidade desta estrutura em grade é o motivo pelo qual ele [o cérebro] consegue acomodar as mudanças aleatórias e graduais da evolução”, concluiu o pesquisador.
Cérebro visto como uma grade curvada (Foto: MCH-UCLA Human Connectome Project)Fonte: Globo G1 Ciência e Saúde
Sentidos dos
Tubarões
Localizar comida é uma capacidade crítica de
qualquer animal e os tubarões têm esta arte bem refinada.
Como a maioria dos peixes, eles usam células
sensoriais, dispostas em linhas laterais nos seus flancos, para
detectarem ondas de pressão provocadas por outras criaturas que
passem por perto.
Mas é a sua lendária capacidade de detectar a
presença de partículas de comida o que os torna notáveis.
A maioria dos tubarões consegue discernir as mais
ínfimas quantidades de químicos presentes na água, a mais de 500
metros de distância da sua origem.
Órgãos especiais nos seus orifícios nasais
(normalmente localizados nos lados do focinho) captam até os mais
diluídos resquícios de comida na corrente de água.
Estes órgãos são tão sensíveis que conseguem
até determinar se é o orifício nasal esquerdo ou direito que capta
a mais concentrada dose do químico, apontando então o tubarão à
sua origem com uma precisão impressionante.
A visão é outro processo importante para
localizar presas.
O olho de um tubarão é normalmente dez vezes
mais sensível à luz do que o olho humano, e as espécies que
capturam criaturas que se movimentam depressa, como peixes e focas,
demonstraram ter uma visão particularmente boa.
Eles também conseguem distinguir cores e algumas
espécies demonstraram ser atraídas por objetos metálicos
brilhantes.
Como se estes sentidos não fossem suficientes, os
tubarões também são extremamente sensíveis aos campos magnéticos.
Investigadores demonstraram que muitas espécies usam o próprio
campo magnético da Terra para navegar.
Alguns até conseguem detectar pequenos campos
magnéticos emitidos por outros peixes nas proximidades,
auxiliando-os na busca de comida.
Fonte: www.discoverybrasil.com
Os órgãos dos sentidos dos répteis
Os olhos são grandes e apresentam geralmente (lagartos,
crocodilos e tartarugas) pálpebras superior, inferior e membrana nictitante,
exceptonas
cobras onde são cobertos por uma cutícula transparente que é mudadajunto com a pele. Muitas vezes apenas têm percepção do movimento, como em
algumas cobras ou lagartos escavadores, mas geralmente a visão é muito
apurada.
Os lagartos e as tuataras têm uma área semitransparente e sensível á
luz no topo do crânio, geralmente designada terceiro
olho, cuja função parece relacionada com o controlo metabólico diurno e
sazonal, de acordo com o fotoperíodo. Esta zona está ligada a uma parte do
cérebro, o corpo pineal, cuja estimulação conduzirá à produção de hormonas que
desencadeiam a reprodução ou a hibernação.
Os ouvidos são geralmente pouco
desenvolvidos e muitas espécies nem apresentam abertura externa do canal
auditivo. Neste caso os sons são transmitidos por vibrações dos ossos do maxilar
e do crânio.
O paladar não é importante para os répteis mas o olfato é muito
apurado. A língua é bifurcada nas cobras e maioria
dos lagartos, transportando informações químicas para o órgão de Jacobson, localizado na zona anterior do palato e
em comunicação com a cavidade bucal por ductos, onde são detectadas. O fato de
ser bifurcada permite à língua detectar um gradiente nas substâncias detectadas,
permitindo localizar a sua origem. Uma chanfradura na mandíbula permite a
deslocação da língua.
Algumas cobras apresentam dos lados da maxila fossetas termorreceptoras especializadas na detecção de
calor, o que lhes permite detectar as presas de sangue quente.
Órgão de Jacobson e seu funcionamento: a língua bífida dacobra recolhe partículas químicas do meio e coloca-as no ducto que abre no palato, de modo a serem reconhecidas pelo órgão de Jacobson. A informação é depois passada ao cérebro
Acima: Cabeça de um pequeno lagarto, mostrando os
grandes olhos laterais, cavidades auditivas (atrás dos olhos) sem ouvido externo
e narinas anteriores. Abaixo: O terceiro olho deste lagarto (seta) permite-lhe
regular a sua actividade de acordo com as condições do meio, fundamental para um
organismo que não controla a temperatura interna
Referências Bibliográficas
<http://curlygirl.no.sapo.pt/repteis.htm
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Documentário exibido no programa Fantástico!!! Vale a pena assistir!!
Alimentos Funcionais
Os primeiros alimentos com algum tipo de
modificação para aumentar seu valor nutritivo, especialmente com sais minerais,
apareceram na década de 1920. Durante as décadas seguintes houve um grande
desenvolvimento datecnologia de alimentosem diversos aspectos como
desenvolvimento de novos ingredientes, embalagens, equipamentos e processos.
Após esse período de desenvolvimento uma nova preocupação, especialmente após
os anos da década de 1970 e 1980, foi com o desenvolvimento de característica
que além dasegurança alimentareaspectos nutricionais, pudesse oferecer um benefício adicional
ao consumidor.
Esta nova
preocupação levou ao desenvolvimento dos alimentos funcionais. inicialmente
este processo foi mais intenso noJapãoonde, a partir de1993foi criada uma categoria de alimentos
designadosFoshu(em inglês:FOSHUumAcrónimodeFood forspecifichealthuse), estes alimentos passaram
a ter maior destaque.
Com o
aumento da expectativa de vida dos brasileiros e ao mesmo tempo o crescente
aparecimento de doenças crônicas como obesidade, aterosclerose, hipertensão,
osteoporose, diabetes e câncer, está havendo uma preocupação maior, por parte
da população e dos órgãos públicos de saúde, com a alimentação.
Hábitos
alimentares adequados como o consumo de alimentos pobres em gorduras saturadas
e ricos em fibras presentes em frutas, legumes, verduras e cereais integrais,
juntamente com um estilo de vida saudável (exercícios físicos regulares,
ausência de fumo e moderação no álcool) passam a ser peça chave na diminuição
do risco de doenças e na promoção de qualidade de vida, desde a infância até o
envelhecimento.
O papel da
alimentação equilibrada na manutenção da saúde tem despertado interesse pela
comunidade científica que tem produzido inúmeros estudos com o intuito de
comprovar a atuação de certos alimentos na prevenção de doenças. Na década de
1980, foram estudados no Japão, alimentos que além de satisfazerem às
necessidades nutricionais básicas desempenhavam efeitos fisiológicos benéficos.
Após um longo período de trabalho, em 1991, a categoria de alimentos foi
regulamentada recebendo a denominação de "Foods for Specified Health
Use" (FOSHU). A tradução da expressão para o português é Alimentos
Funcionais ou Nutracêuticos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), alimentos funcionais são aqueles que produzem efeitos metabólicos ou
fisiológicos através da atuação de um nutriente ou não nutriente no
crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções normais do
organismo humano.
De acordo
com a ANVISA, o alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais,
além de atuar em funções nutricionais básicas, irá desencadear efeitos
benéficos à saúde e deverá ser também seguro para o consumo sem supervisão
médica.
O
surgimento recente desses novos produtos que trazem um "algo mais",
além dos nutrientes já conhecidos, teve influência de fatores como: os altos
custos com o tratamento de doenças, o avanço nos conhecimentos mostrando a
relação entre a alimentação e o binômio saúde/doença e os interesses econômicos
da indústria de alimentos.
É
importante salientar que antes do produto ser liberado para o consumo deve
obter registro no Ministério da Saúde e, para isso, precisa demonstrar sua
eficácia e sua segurança de uso. O fabricante deve apresentar provas
científicas comprovando se a alegação das propriedades funcionais referidas no
rótulo são verdadeiras e se o consumo do produto em questão não implica risco e
sim, benefício à saúde da população. Lembrando ainda que as alegações podem
fazer referências à manutenção geral da saúde, à redução de risco mas não à
cura de doenças.
As
propriedades relacionadas à saúde dos alimentos funcionais podem ser
provenientes de constituintes normais desses alimentos como no caso das fibras
e dos antioxidantes (vitamina E, C, betacaroteno) presentes em frutas,
verduras, legumes e cereais integrais ou através da adição de ingredientes que
modifiquem suas propriedades originais exemplificada por vários produtos
industrializados, tais como: leite fermentado, biscoitos vitaminados, cereais
matinais ricos em fibras, leites enriquecidos com minerais ou ácido graxo ômega
3.
Um ponto
que vale a pena ser comentado, é o fato de alguns alimentos industrializados
possuírem concentrações muito baixas dos componentes funcionais, sendo
necessário o consumo de uma grande quantidade para a obtenção do efeito
positivo mencionado no rótulo. No caso do leite enriquecido com ômega 3, por
exemplo, seria mais fácil e vantajoso, o consumidor continuar ingerindo o leite
convencional e optar pela fonte natural de ômega 3 que é o peixe. Primeiro,
porque normalmente os produtos industrializados com ação funcional são mais
caros, segundo pois o peixe tem outros nutrientes importantes a oferecer como
proteínas de boa qualidade, vitaminas e minerais. Portanto, o produto contendo
a substância funcional não substitui por completo, o alimento de onde foi
retirado tal composto, uma vez que apresenta apenas uma característica deste
Ainda em
relação aos produtos industrializados com caráter funcional, é importante
esclarecer que o simples consumo desse tipo de alimento, com a finalidade de
obter um menor risco para o desenvolvimento de doenças, não atingirá o objetivo
proposto se não for associado a um estilo de vida saudável levando em
consideração principalmente, a alimentação e a atividade física.
Alguns exemplos de compostos presentes
nos alimentos funcionais e seus respectivos benefícios à saúde. COMPOSTOS AÇÕES
NO ORGANISMO FONTES ALIMENTARES Betacaroteno Antioxidante que diminui o risco
de câncer e de doenças cardiovasculares Abóbora, cenoura, mamão, manga,
damasco, espinafre, couve Licopeno Antioxidante relacionado à diminuição do
risco de câncer de próstata Tomate Fibras Redução do risco ao câncer de
intestino e dos níveis de colesterol sanguíneo Frutas, legumes e verduras em
geral e cereais integrais Flavonóides Antioxidantes que diminuem o risco de
câncer e de doenças cardiovasculares Suco natural de uva, vinho tinto
Isoflavonas Redução dos níveis de colesterol sanguíneo e do risco de doenças
cardiovasculares Soja Ácido graxo ômega 3 Redução dos níveis de colesterol sanguíneo
e do risco de doenças cardiovasculares Peixes, óleo de peixes Pró-bióticos
Ajudam no equilíbrio da flora intestinal e inibem o crescimento de
microrganismos patogênicos Iogurtes, leite fermentado
Por
fim, uma alimentação equilibrada e variada incluindo, diariamente, alimentos de
todos os grupos na proporção correta já fornece alimentos com propriedades
funcionais naturais, sendo desnecessária a aquisição de produtos funcionais
industrializados normalmente com custo mais elevado para obter os nutrientes essenciais
e os benefícios à saúde.
Referências
FAGUNDES, R. L. M.; COSTA,Y. R.. Uso dos Alimentos Funcionais na Alimentação. Higiene Alimentar, SãoPaulo, v. 17, n. 108, p. 42-48, 2003.
FEIJÓ, MBS. Alimentos Funcionais. Apresentação Oral. Universidade Federal do Estado do Rio Janeiro (UNIRIO), Escola de Nutrição, dezembro, 2007.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Olfato
O olfato humano é pouco desenvolvido
se comparado ao de outros mamíferos. O epitélio olfativo humano contém cerca de
20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pêlos sensoriais (um
cachorro tem mais de 100 milhões de células sensoriais, cada qual com pelo
menos 100 pêlos sensoriais). Os receptores olfativos são neurônios genuínos,
com receptores próprios que penetram no sistema nervoso central.
A cavidade nasal, que começa a partir
das janelas do nariz, está situada em cima da boca e debaixo da caixa craniana.
Contém os órgãos do sentido do olfato, e é forrada por um epitélio secretor de
muco. Ao circular pela cavidade nasal, o ar se purifica, umedece e esquenta. O
órgão olfativo é a mucosa que forra aparte
superiordas fossas nasais -
chamadamucosa olfativaouamarela, para distingui-la davermelha- que cobre aparte inferior.
Amucosa
vermelhaé dessa cor por ser
muito rica em vasos sangüíneos, e contém glândulas que secretam muco, que
mantém úmida a região. Se os capilares se dilatam e o muco é secretado em
excesso, o nariz fica obstruído, sintoma característico do resfriado.
Amucosa
amarelaé muito rica emterminações nervosasdo nervo olfativo. Os dendritos das
células olfativas possuem prolongamentos sensíveis (pêlos olfativos), que ficam
mergulhados na camada de muco que recobre as cavidades nasais. Os produtos
voláteis ou de gases perfumados ou ainda de substâncias lipossolúveis que
se desprendem das diversas substâncias, ao serem inspirados, entram nas fossas
nasais e se dissolvem no muco que impregna a mucosa amarela, atingindo os
prolongamentos sensoriais.
Dessa forma, geram impulsos nervosos,
que são conduzidos até o corpo celular das células olfativas, de onde atingem
os axônios, que se comunicam com o bulbo olfativo. Os axônios se agrupam de
10-100 e penetram no osso etmóide para chegar ao bulbo olfatório, onde
convergem para formar estruturas sinápticas chamadas glomérulos. Estas se
conectam em grupos que convergem para as células mitrais. Fisiologicamente essa
convergência aumenta a sensibilidade olfatória que é enviada ao Sistema Nervoso
Central (SNC), onde o processo de sinalização é interpretado e
decodificado.
Aceita-se a hipótese de que existem alguns tipos
básicos de células do olfato, cada uma com receptores para um tipo de odor. Os
milhares de tipos diferentes de cheiros que uma pessoa consegue distinguir
resultariam da integração de impulsos gerados por uns cinqüenta estímulos
básicos, no máximo. A integração desses estímulos seria feita numa região
localizada em áreas laterais do córtex cerebral, que constituem ocentro olfativo.
Imagens: GUYTON, A.C.
Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.
A mucosa olfativa é tão sensível que
poucas moléculas são suficientes para estimula-la, produzindo a sensação de
odor. A sensação será tanto mais intensa quanto maior for a quantidade de
receptores estimulados, o que depende da concentração da substância odorífera
no ar.
O olfato tem importante papel na
distinção dos alimentos. Enquanto mastigamos, sentimos simultaneamente o
paladar e o cheiro. Do ponto de vista adaptativo, o olfato tem uma nítida
vantagem em relação ao paladar: não necessita do contato direto com o objeto
percebido para que haja a excitação, conferindo maior segurança e menor
exposição a estímulos lesivos.
O olfato, como a visão, possui uma
enorme capacidade adaptativa. No início da exposição a um odor muito forte, a
sensação olfativa pode ser bastante forte também, mas, após um minuto,
aproximadamente, o odor será quase imperceptível.
Porém, ao contrário da visão, capaz de
perceber um grande número de cores ao mesmo tempo, o sistema olfativo detecta a
sensação de um único odor de cada vez. Contudo, um odor percebido pode ser a
combinação de vários outros diferentes. Se tanto um odor pútrido quanto um
aroma doce estão presentes no ar, o dominante será aquele que for mais intenso,
ou, se ambos forem da mesma intensidade, a sensação olfativa será entre doce e
pútrida.
Fonte: http://www.afh.bio.br
Paladar
Nós
seres humanos possuímos cinco sentidos fundamentais, são eles: Audição, olfato,
paladar, tato e visão. Por meio desses sentidos o nosso corpo percebe o que
esta ao nosso redor e isso nos ajuda a sobreviver e interagir com o ambiente em
que vivemos. Mas para que isso ocorra, existem receptores especializados, que
são capazes de adquirir diversos estímulos. Nos órgãos dos sentidos esses
receptores estão em maior concentração e o conjunto desses órgãos forma o sistema
sensorial. Os receptores sensoriais (células) estão organizados
de maneira que cada um recebe um tipo de estímulo específico.
O paladar é um dos 5 sentidos . É por
meio dele que o homem, assim
como os demais animais, percebe o sabor, o gosto dos alimentos. O órgão
responsável pelo paladar é a língua. Na parte de cima da língua, existem
pequenas elevações, que podem ser vistas ao espelho, chamadas de papilas
linguais. Cada papila lingual é formada por um conjunto de
microscópicas células sensoriais. As papilas linguais estão ligadas a
terminações nervosas que captam os estímulos de sabor e enviam impulsos
nervosos ao cérebro, que os
transforma em sensações gustatórias. Outras regiões como o palato, a epiglote e
a faringe apresentam alguma sensibilidade aos sabores, nada comparado à
capacidade da língua.
As dezenas de papilas linguais presentes na superfície
da língua captam os quatro sabores primários, ou as quatro sensações
gustatórias: doce, salgado, azedo ou ácido e amargo. Das combinações das quatro
sensações gustatórias, surgem centenas de outros sabores.
As papilas linguais só captam o sabor de alimentos em
estado liquido. Por esse motivo, a saliva tem um papel
importante em relação aos alimentos sólidos, pois a ela cabe dissolver os
alimentos de modo que as papilas linguais captem os sabores.
Até
os últimos anos acreditava-se que existiam quatro tipos inteiramente diferentes
de papila gustativa, cada qual detectando uma das sensações gustativas
primárias particular. Sabe-se agora que todas as papilas gustativas possuem
alguns graus de sensibilidade para cada uma das sensações gustativas primárias.
Entretanto, cada papila normalmente tem maior grau de sensibilidade para uma ou
duas das sensações gustativas. O cérebro detecta o tipo de gosto pela relação
(razão) de estimulação entre as diferentes papilas gustativas. Isto é, se uma
papila que detecta principalmente salinidade é estimulada com maior intensidade
que as papilas que respondem mais a outros gostos, o cérebro interpreta a
sensação como de salinidade, embora outras papilas tenham sido estimuladas, em
menor extensão, ao mesmo tempo.
No fundo da língua, as papilas são mais sensíveis a
estímulos amargos, nas laterais do meio da língua, a sensibilidade maior é para
os sabores azedos. Um pouco mais a frente são sentidos, com maior intensidade,
os sabores salgados, enquanto na ponta da língua é maior a sensibilidade aos
doces. Substâncias que não provocam reação alguma nas papilas linguais são
chamadas de insípidas. É o caso da água, por exemplo.
As
regiões sensoriais do sabor dispostas ao longo da língua
As sensações olfativas e gustativas trabalham em
parceria. Quando sentimos o cheiro de algum alimento que apreciamos, por
exemplo, liberamos saliva como se estivéssemos degustando tal alimento. Outro
exemplo clássico da co-relação entre o olfato e o paladar é o que ocorre ao nos
alimentarmos quando estamos resfriados e a comida
parece não ter gosto. Isso ocorre em consequência da mediação realizada por
epitélios portadores de células quimiorreceptoras especializadas que estão
localizadas entre a cavidade nasal e o palato, bem como os fotorreceptores
visuais que estimulam a degustação.
O uso contínuo de cigarros e de alguns remédios, entre
outros motivos, podem diminuir a capacidade sensorial das papilas linguais,
causando a ageusia, ou seja, a falta de paladar.